Tontura no idoso



A queixa de tontura é um dos motivos mais comuns pelo qual os idosos procuram um serviço médico. A incidência da tontura aumenta com a idade e pode ser causada por diversas condições médicas, mas cerca de 45% dos casos são devidos às disfunções vestibulares, um ossinho que se encontra no ouvido. A lesão vestibular pode ser a mesma que no indivíduo jovem, mas os idosos têm problemas diferentes daqueles exibidos pelos jovens pelo seu próprio status de saúde. 

O equilíbrio é uma função sensório-motora que tem como objetivo estabilizar o campo visual e manter a postura ereta. Através da integração das informações provenientes de músculos e articulações nos núcleos vestibulares sob a coordenação do cerebelo, é possível manter o equilíbrio.
Quando há conflito na integração das informações destes três receptores, surge a sensação de perturbação do equilíbrio corporal, causando tontura, também chamada tonteira, zonzeira ou atordoação. Ela caracteriza-se por uma percepção errada, uma ilusão ou alucinação de movimento, uma sensação de desorientação espacial dos tipos rotatório –vertigem- ou não rotatório -instabilidade, flutuação, oscilação-, desequilíbrio e distorção visual. A perda auditiva, dificuldade de entendimento, zumbido, sensação de pressão no ouvido e incômodo com sons geralmente estão também associados com a tontura.
O desequilíbrio corporal pode ocorrer por apresentar alterações funcionais originadas nas diversas estruturas do sistema vestibular (vestibulopatias primárias) ou determinadas por problemas clínicos à distância em outros órgãos ou sistemas, que podem afetá-lo de diferentes maneiras (vestibulopatias secundárias).
Numerosas são as causas de vestibulopatias primárias e secundárias:
Traumatismos de cabeça e pescoço
Infecções (por bactérias ou vírus)
Drogas ou medicamentos (nicotina, cafeína, álcool, maconha, anticoncepcionais, sedativos, tranqüilizantes, antidepressivos, antiinflamatórios, antibióticos, etc.)
Erros alimentares
Tumores
Envelhecimento
Distúrbios vasculares (hiper ou hipotensão arterial, arteriosclerose)
Doenças metabólicas – endócrinas (hipercolesterolêmica hiper ou hipoglicemia, hiper ou hipoinsulinemia, hiper ou hipotireoidismo)
Anemia
Problemas cervicais
Doenças do sistema nervoso central
Alergias
Distúrbios psiquiátricos, etc. 
          A descoberta da causa implica, muitas vezes, na realização de diversos exames complementares (sangue, urina, radiológico) ou avaliações em outras áreas médicas (endocrinologia, neurologia, cardiologia, psiquiatria, ortopedia, reumatologia, etc.).
O tratamento é feito de maneira personalizada de acordo com o diagnóstico e com as necessidades de cada paciente, podendo incluir o uso de medicamentos, cirurgia e reabilitação vestibular, além de correção de erros alimentares, mudanças de hábito e de estilo de vida e aconselhamento psicológico quando necessário.
A grande maioria dos pacientes (cerca de 90%) responde favoravelmente à terapia antivertiginosa. A maioria dos casos fica definitivamente curada. Outros melhoram significativamente, e apenas poucos casos são rebeldes ao tratamento. Nesses últimos casos, novas estratégias de tratamento, como exercícios e fisioterapia podem ser aplicadas até obter-se o melhor resultado possível.

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