Halitose na terceira idade

        
          O fluxo salivar é o grande responsável pela verdadeira saúde bucal. Vários fatores podem contribuir para alteração de nosso fluxo salivar, com a idade avançada, outros fatores se somam para agravar mais ainda a incidência de pacientes xerostômicos. Nossa saliva pode sofrer alterações de volume, viscosidade e densidade, qualquer uma destas alterações irá causar conseqüências e desequilíbrio na cavidade bucal, tanto de hálito, quanto de cáries como outras desordens e muitas delas geram desconforto enorme para os portadores da hipossalivação.
         Pacientes geriátricos possuem índices alarmantes porque além das mais de 60 origens que normalmente podemos encontrar gerando Halitose em qualquer idade, existem outras que somente se manifestam nessa faixa etária.
          Existem mais de 50 causas responsáveis por esta redução e raramente esta não é única. Entre as causas de redução do fluxo salivar podemos destacar: atrofia das glândulas salivares, perda dos dentes, dificuldades de mastigação, estresse, mudanças de hábitos alimentares, desidratação, efeito colateral de algumas medicações como: analgésicos, antiparkisonianos, diuréticos, antidepressivos, ansiolíticos e anti-hipertensivos; e patologias como: insuficiência hepática, abscesso pulmonar, Síndrome de Sjögren, Doença por Arranhadura do Gato e diabetes tipo dois.
         O estresse é um dos fatores da halitose. Ele provoca no organismo inúmeras reações químicas importantes. Uma delas é a liberação dos hormônios adrenalina e cortisol, que causam algumas reações significantes como o aumento dos batimentos cardíacos e da freqüência respiratória, e a diminuição do fluxo salivar (hipo-salivaçâo). Esta, por sua vez, leva a um aumento da concentração de mucina, proteína presente na saliva, responsável pela sua viscosidade, proporcionando uma saliva mais espessa e pegajosa. .
         A saburra lingual é uma das principais causas da halitose .Os primeiros sintomas podem ser a sensação de boca seca, alteração de paladar, sangramento gengival e o surgimento de placa bacteriana na língua. Quando aparecerem os sintomas, a sugestão é procurar um profissional capacitado a tratar o problema, pois existem diversos tipos de halitose.
        A halitose é um fator de isolamento social e afetivo, acarretando muitas vezes uma barreira familiar. Por vezes as alterações previstas pelo processo de envelhecimento fazem com que o paciente portador deste sintoma não o percebe por alterações no olfato ou por adaptação destas células ao odor. 
          Medidas preventivas:
•  Realize pelo menos uma vez ao ano uma avaliação odontológica.
•  A higienização da língua é a primeira medida para eliminar a halitose, assim como a adequada higienização oral - uso correto do fio dental e utilização de uma escova macia .
•  Mudanças de hábitos alimentares também podem ser importantes para a redução deste sintoma. Realize refeições com intervalos não superiores a três ou quatro horas. Evite bebidas alcoólicas e fumo, além de alimentos como cebola e alho. Faça ingesta de pelo menos 2 litros de água por dia.
Na presença deste sintoma procure seu médico. Existe disponível um exame para medir o seu fluxo salivar, com o qual auxilia o diagnóstico do tipo de halitose para um adequado tratamento. Sim, existe terapêutica para este desagradável sintoma, e possibilidade de controle com medicamentos disponíveis, proporcionando maior qualidade a sua vida.

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