Síndrome de boca ardente


          Uma percentagem significativa de mulheres vê a sua saúde oral igualmente afetada durante o período da menopausa e a síndrome de boca ardente é um desses sintomas. 
          Tal como o próprio nome indica, a síndrome de boca ardente provoca uma sensação de ardência na língua, muito parecida com aquilo que se sente quando nos queimamos com um alimento demasiado quente. Cerca de 40% das mulheres menopáusicas são afetadas pela síndrome de boca ardente, que pode surgir entre os 3 anos que antecedem a menopausa e os 12 anos seguintes. As causas desta síndrome estão invariavelmente associadas à diminuição de produção do estrogénio, hormona associada à produção de saliva. Para além disso, os níveis baixos de estrogénio também podem afetar as papilas gustativas, nomeadamente aquelas responsáveis pela degustação dos alimentos amargos e que se situam na parte de trás da língua.  
           À sensação de ardência que caracteriza a síndrome de boca ardente estão ainda associados outros sintomas caso da boca seca, dorida, pegajosa ou com comichão; pode ainda substituir um sabor metálico na boca ou uma sensação de formigueiro/dormência na boca ou na ponta da língua. A sensação de boca ardente pode surgir repentinamente e, embora seja pouco comum durante a noite, as dores e o desconforto a ela associada aumentam gradualmente ao longo do dia.
          Tratar a síndrome de boca ardente pode passar por algumas alterações alimentares, nomeadamente a adoção de um regime alimentar que inclua alimentos que contribuem para o aumento dos níveis de estrogénio – maçãs, cerejas, luzerna (alfalfa), soja, batatas, inhames, arroz e trigo. Porém, existem outros alimentos que devem ser evitados por quem sofre da síndrome de boca ardente, principalmente os alimentos picantes e muito condimentados, a canela e a menta. Beber bastante água contribui para a produção de mais saliva, o que pode aliviar alguns dos sintomas associados a esta síndrome. Para um alívio rápido, experimente mastigar chicletes sem açúcar. Se o problema persistir e/ou tornar-se demasiado doloroso, consulte o seu médico, que poderá receitar-lhe um tratamento adequado.

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