Cárie no idoso




Os idosos apresentam mais cáries do que a população em geral, principalmente os institucionalizados, este fato, se deve a falta de programa de tratamento odontológico específico, as mudanças fisiológicas decorrente da idade, ao uso excessivo de medicamentos (Iatrogenia) e o grande número de doenças que acometem esta faixa etária.
Os agentes que causam cáries radiculares mais conhecidos são o streptococus mutans e os lactobacilus, que se desenvolvem melhor no meio em que exista placa dentária bacteriana, abuso de carboidratos (sobretudo açucares), dente susceptível a infecção e má higiene bucal.
O idoso também pode apresentar um quadro conhecido como Xerostomia (boca seca), devido a Síndrome de Sjogren, ou a tratamento radioterápico que afete as glândulas salivares, ou uso de medicamentos (inibidores da bomba de protons utilizados em dispepsias). Para melhorar e produzir a salivação, muitos pacientes procuram as balas, ricas em açúcar que aumentam as chances de desenvolver as cáries.
Os homens têm mais cáries que as mulheres, e quando pior o estado de saúde e mais tempo ele ficar internado, maiores são as chances.
Os fatores determinantes para desenvolvimento das cáries são:
• Dieta com alta quantia de carboidratos fermentáveis
• Freqüência de consumo não confinado às refeições
• Familiares com muitas cáries
• Alto índice de faces dentárias perdidas ou obturadas (cáries no passado)
• Alto índice de superfícies dentárias cariadas (presente)
• Atendimento odontológico com irregularidade
Nos idosos encontramos algumas situações de risco como: Má higiene bucal, ingestão excessiva de açúcar, menor acesso ao flúor, produção salivar diminuída, tabagismo, alcoolismo, quadros de demência e doenças como o diabetes.
Estudos epidemiológicos realizados no Brasil têm demonstrado a precariedade do sistema de saúde em relação à saúde bucal, onde existe um grande número de pacientes idosos, portadores de cáries, infecções orais, com poucos dentes ou mesmo sem nenhum (edêntulos), sem possibilidade de tratamento, sem assistência mesmo quando internado no hospital ou mesmo em uma clínica.
A falta de uma prótese, a dificuldade em se trocar a prótese, a falta de orientação, a dificuldade para mastigação, as feridas na boca, as lesões pré-cancerígenas, e outras doenças pioram o quadro clínico de um paciente idoso, levando a risco de mortalidade e quando o paciente sobrevive a sérias complicações na sua qualidade de vida.

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