urticária colinérgica

       
           Estou notando um número muito grande de consultas com esse tipo de problema, e geralmente quando falamos que é urticaria ou alergia colinérgica os pacientes me olham com cara de: o que essa doutora esta falando? será que isso existe mesmo, ou ela ta falando qualquer coisa por que não sabe.

          Então a urticaria colinérgica, constitui 5 a 7% do total das urticárias. Pode aparecer em qualquer idade. Apresenta coceira com pápulas pequenas (2 a 4mm), presentes em áreas de vermelhidão. Estas lesões predominam no tronco superior e nos braços e em áreas de dobras. Podem ocorrer: manifestações sistêmicas, junto com ela. O fator precipitante é a elevação da temperatura corporal. A urticária surge em 2 a 30 minutos, e dura de 20 a 90 minutos. A anafilaxia pode estabelecer-se subseqüentemente. Há liberação de mediadores pelos mastócitos (histamina, fatores de quimiotaxia dos eosinófilos e dos neutrófilos). Acredita-se que ocorra uma descarga colinérgica eferente após o estímulo físico provocador.

          Os sintomas da urticária colinérgica podem ser reproduzidos pelo aquecimento corporal, exercício, banhos quentes, febre, e reações de ansiedade com calor e perspiração. Postula-se que existam nestes pacientes mecanismos efetores colinérgicos termorreguladores, capazes de induzir a desgranulação mastocitária cutânea. A elevação da temperatura corporal não precisa obrigatoriamente estar associada ao exercício, ela pode ocorrer passivamente. Os ataques podem ser interrompidos pelo esfriamento do paciente (banhos frios).
          Podem existir períodos longos de melhoras, após episódios severos e/ou repetitivos.
         O tratamento consiste em evitar a provocação exógena de aquecimento, no esfriamento corporal, na indução de tolerância (quando possível), e no uso de antagonistas anti-H1, principalmente o anti-histamínico. Em casos refratários à terapêutica convencional, pode-se empregar com êxito o cetotifeno.