Saúde do idoso no inverno



O inverno está se aproximando e, com ele, os problemas respiratórios, dores reumáticas, fatores como declínio fisiológico que acompanha o processo de envelhecimento, redução de imunidade, doenças associadas, como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), diabete melito, doenças cardiovasculares, demências e a famosa GRIPE  parecem piorar pelas variações bruscas de temperatura.
Se todo mundo está sujeito, os idosos são as pessoas mais vulneráveis. Uma das razões é que, através dos anos, o organismo passa por mudanças muito profundas. As células de defesa do corpo, por exemplo, não são mais tão poderosas quanto na juventude. E até a capacidade de aproveitar os nutrientes de cada alimento diminui com a idade. Por isso é importante, além da vacinação sempre recomendada, ter cuidados especiais com a alimentação depois de certa idade.
Além de saber o que pode auxiliar na saúde, os idosos e suas famílias precisam ter bastante atenção com as mudanças do organismo provocadas pela idade que pode piorar sempre com a chegada do inverno.
A gripe é uma infecção aguda, altamente contagiosa, causada pelo mixovirus influenzae, que, no idoso, pode evoluir de forma grave ou mesmo fatal para pneumonia, broncopneumonia, bronquite, sinusite, otite, encefalite e miocardite. Os principais sintomas são: febre( tem que ter, senão se caracteriza como resfriado), tosse seca, cansaço, calafrios, dores generalizadas e redução do apetite, levando o paciente, com freqüência, para a cama.
A DPOC que engloba a bronquite crônica e o enfisema pulmonar e tem como principal fator de risco o fumo, apresenta piora da sintomatologia durante o inverno, levando o paciente, com freqüência, para o hospital. Caracteriza-se por tosse crônica, falta de ar aos esforços, cansaço físico e infecções de repetição.
As dores reumáticas pioram durante os dias frios, não se sabendo ainda o motivo. São mais de cem os tipos de reumatismos, sendo que no idoso predomina a artrose. Para reduzir as crises de dor, utilizam-se analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia e cuidados posturais.
O inverno exige também cuidados especiais com a pele, ocorrendo redução de oleosidade, podendo levar a problemas como dermatite. Importante é reduzir o tempo gasto no chuveiro, utilizar água morna e manter a pele hidratada. O protetor solar, mesmo com o sol mais ameno, não deve ser dispensado.


O melhor remédio ainda é a prevenção, sendo importante adotar algumas medidas, tais como:
  1. Evitar contato com pessoas gripadas e aglomerações, pois o vírus é transmitido pelo ar ou contato físico.
  2. Não fumar e evitar ambientes poluídos.
  3. Lavar bem as mãos, pois reduz as infecções.
  4. Procurar ingerir líquidos – de 6 a 8 copos de água por dia.
  5. Alimentar-se adequadamente.
  6. Fazer exercícios físicos regularmente, porém com moderação.
  7. Conservar a casa bem arejada, mas o idoso protegidos do frio e do vento, pois nessa fase da vida eles sentem mais frio do que nós.
  8. Manter as vias aéreas superiores livres de secreções, utilizando lenços de papel descartáveis.
  9. Procurar o geriatra ou o médico na vigência dos primeiros sintomas. 
  10. Evitar a automedicação, visto que os medicamentos sintomáticos da gripe contêm, em sua fórmula, substâncias como efedrina, pseudoefedrina e antialérgicos que podem desencadear no idoso hipertensão arterial, taquicardia, arritmias cardíacas e sonolência, com as suas conseqüências.
  1. Pela mesma razão, evitar o uso de gotas nasais, como vasoconstritores, sem orientação médica.
  2. Evitar automedicação com antibióticos.
  3. Manter os aparelhos de ar condicionado revisados e limpos.
  4. Informar-se sobre esquemas de vacinação contra gripe e pneumonia penumocócica.
  5. Controlar o estresse, pois pessoas estressadas contraem gripe e resfriado com facilidade, devido à queda do sistema imunológico.

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