Incontinência urinária na Terceira idade



A incontinência urinária (ou da bexiga) ocorre quando não é possível ter controle sobre a urina que sai da uretra (canal que leva a urina da bexiga para fora do organismo). Esse problema pode variar de um vazamento de urina ocasional até uma completa incapacidade de reter a urina.
A incontinência é mais comum entre idosos. As mulheres estão mais propensas a ter incontinência urinária do que os homens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.

 A incontinência ocorre quando a pressão no interior da bexiga excede a pressão na uretra. Esta condição pode ser devido à hiperatividade do detrusor (um músculo lisa da parede da bexiga), em alguns casos, é motivada por um problema neurológico, por uma alteração do esfíncter externo e dos músculos do pavimento pélvico, pela incapacidade de relaxamento do esfíncter interno ou inadequado para lesão orgânica, ou por dano neural.

O diagnóstico é clínico, baseado em uma história detalhada. Devemos investigar o inicio dos sintomas, descartando a presença de infecção urinária, cálculos, tumores, doenças associadas como DM, neuropatias e uso de medicamentos. Durante o exame físico pede-se para a paciente tossir, tentando reproduzir a perda urinária. Também pode ser realizado um teste onde um cotonete é inserido na uretra para determinar sua posição e mobilidade. Um exame de análise da urina deve ser realizado. Um teste urodinâmico vai determinar se existem outras alterações da bexiga e da uretra.
          A forma de tratamento deve ser decidida correlacionando-se os dados da avaliação clínica e dos achados urodinâmicos, quando estes estiverem disponíveis. A combinação de diferentes estratégias muitas vezes proporciona resultados melhores, com menor agressão ao paciente.


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