Criança que é criança provavelmente já teve
impetigo.
As maiorias das mães chegam ao consultório
desesperada com essa infecção e a queixa é sempre a mesma: já passei de tudo, já
usei um monte de remédio e nada adiantou.
Calma, se a orientação for bem feita pelo
médico isso vai melhorar e às vezes basta limpeza da lesão.
Bem o impetigo é uma infecção bacteriana
da pele, comum em crianças, causada pelos germes estafilococos e estreptococos.
A infecção pode afetar qualquer segmento da pele. A face e as mãos são os locais mais
comuns. Pode decorrer da contaminação de lesões ou ferimentos preexistentes na
pele, isto é, uma infecção secundária. Um ferimento mal higienizado favorece o
desenvolvimento de infecções bacterianas em geral, incluindo o impetigo.
A forma mais comum é o impetigo
não-bolhoso, causada pela bactéria estreptocócica. Inicia-se por bolinhas
vermelhas (pápulas) que rapidamente evoluem para vesículas (lesões parecidas
com bolhas, só que cada uma é menor que 1,0 cm), de parede fina, dificilmente
percebida. Estas lesões em seguida se enchem de líquido esbranquiçado (“pus”),
mas logo se rompem, liberando esta secreção. O pus na superfície da lesão,
então, resseca e acaba formando uma casca (crosta) grossa amarelo-acastanhada,
característica desta forma de impetigo. Quando removida a crosta, esta se refaz
rapidamente. Embora nos adultos as áreas expostas da pele (sobretudo nas pernas
e em volta do nariz e da boca) sejam acometidas com mais freqüência, nas
crianças pode afetar qualquer local.
Já no impetigo bolhoso, embora possua evolução semelhante à anterior, formam-se bolhas verdadeiras, que podem alcançar mais de 2,0 cm de diâmetro e durar até três dias, para depois romper. Mais uma vez, a secreção liberada posteriormente, deixa uma crosta, só que mais fina do que na forma não bolhosa. Muitas vezes o impetigo bolhoso é confundido com queimaduras provocadas por cigarro.
A complicação mais comum, principalmente em crianças, é a
Glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda, que é uma inflamação nos rins
provocada por uma defesa exagerada do organismo contra a bactéria, por
isso o tratamento precoz é o mais indicado.
Geralmente o tratamento consiste na
remoção das crostas e limpeza das lesões, antibioticoterapia local nos casos
mais simples (fotos abaixo) e oral nos casos mais graves ou com risco de
glomerulonefrite, devendo ser indicado pelo dermatologista de
acordo com cada caso.
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