Queda é um dos acidentes mais comuns entre os idosos. Estatísticas mostram que um em cada três idosos com mais de 65 anos caem, pelo menos, uma vez por ano, e metade dos que têm mais de 85 anos sofrem tombos, no mínimo, uma vez por ano. Além disso, as quedas representam a sexta causa de morte entre os idosos, devido às complicações do acidente. Diante desse quadro, o melhor a fazer é prevenir. Porém, quando o tombo acontece, é preciso tomar cuidado com os procedimentos a serem tomados.
Nesses casos, aconselha-se a movimentar a vítima o mínimo possível. Apenas o necessário para deixá-la em uma posição reta e confortável. Em seguida, deve-se ligar para uma emergência e pedir uma ambulância. Se houver transporte próprio, o ideal é deixá-lo imobilizado até chegar ao hospital
As quedas, quando começam a ser freqüentes não podem ser encaradas como normais, pois podem estar ligadas a debilidades do sistema músculo-ósteo-articular ou uso de medicamentos.
Como já disse uma queda não pode ser encarada como natural, mas sim como um sinal de alerta. Por isso, o melhor a fazer é procurar um médico o geriatra ou o ortopedista, para investigar a causa do acidente. No entanto, alguns cuidados diários podem evitar esse transtorno. A prática regular de exercícios físicos é um deles, sobretudo musculação e atividades que estimulem o equilíbrio e a flexibilidade, como o alongamento.
Uma análise criteriosa da medicação do paciente, por parte de um geriatra, também é importante. Muitas vezes o idoso toma dois remédios com ação similar. Cabe ao geriatra gerenciar isso e reduzir ao mínimo possível as drogas, principalmente se esses medicamentos forem psicoativos ou para pressão alta.
Avaliações rotineiras oftalmológica, dos pés e do estado nutricional também devem fazer parte da lista de tarefas dos idosos.
Em casa, é importante uma iluminação adequada dia e noite, piso antiderrapante e barras de apoio. O ideal é substituir o chinelo por um sapato com sola emborrachada e baixa, para evitar escorregões.
Uma análise criteriosa da medicação do paciente, por parte de um geriatra, também é importante. Muitas vezes o idoso toma dois remédios com ação similar. Cabe ao geriatra gerenciar isso e reduzir ao mínimo possível as drogas, principalmente se esses medicamentos forem psicoativos ou para pressão alta.
Avaliações rotineiras oftalmológica, dos pés e do estado nutricional também devem fazer parte da lista de tarefas dos idosos.
Em casa, é importante uma iluminação adequada dia e noite, piso antiderrapante e barras de apoio. O ideal é substituir o chinelo por um sapato com sola emborrachada e baixa, para evitar escorregões.
Alguns exemplos de condições e problemas de saúde que podem ocasionar quedas em idosos:
- O próprio envelhecimento é uma condição para predispor quedas, pois há uma lentidão dos reflexos posturais, dificuldades visuais, principalmente à noite, fraqueza muscular das pernas e braços. Lembrar que quanto mais velho for o idoso (idoso longevo), maior o risco de instabilidade postural e de desequilíbrio.
- Outros problemas visuais como a catarata e o glaucoma.
- Doenças neurológicas como a doença de Parkinson e os acidentes vasculares cerebrais.
- Doenças ortopédicas como as osteoartrose e osteoporose.
- Uso de medicamentos para dormir, medicamentos para coração e hipertensão (podem causar tonteiras e pressão baixa).
- Quadros de incontinência urinária, principalmente quando houver a necessidade urgente de ir ao banheiro, levantando rápido da cama.
Lembramos que a maioria das quedas ocorre dentro da própria casa! Portanto, muitas das causas de quedas estão dentro de nossa própria casa, ou seja, podemos estar morando com o inimigo! As escadas, o banheiro, a sala de estar, os quartos e a cozinha podem, potencialmente, provocar quedas. Vamos dar alguns exemplos:
- Pisos escorregadios, com superfícies lisas, úmidas e enceradas; pisos irregulares, ainda em construção, tacos soltos ou pisos quebrados.
- Tapetes soltos e desfiados, que podem deslizar e causar tropeções.
- Obstáculos no chão: fios elétricos, brinquedos, mesas pequenas, animais domésticos…
- Iluminação deficiente: luzes fracas, iluminando mal os ambientes, ou luzes mal posicionadas, causando reflexos diretos nos olhos dos idosos.
- Ambientes com várias tonalidades de uma mesma cor: os idosos não distinguem com clareza estes tons (móveis, chãos e portas de uma mesma cor), causando confusão e risco de quedas.
- Camas de altura inadequada, baixa demais ou alta demais.
- Cadeiras baixas e sem braços para apoio.
- Móveis frágeis, principalmente se localizados em corredores onde os idosos os façam também como apoio.
- Escadas sem corrimão e com degraus altos e inapropriados, mal sinalizados, sem pisos antiderrapantes e com iluminação deficiente.
- Vasos sanitários baixos e sem apoios laterais.
- Falta de apoios laterais nos boxes, para o banho.
- Calçados inapropriados, não emborrachados nos solados, como chinelinhos de flanela.
Algumas medidas preventivas, preconizadas pelas Diretrizes da Associação Médica Brasileira, para reduzir o impacto das quedas em idosos:
- Orientar o idoso sobre os riscos de queda e suas conseqüências. Esta informação poderá fazer a diferença entre cair ou não e, muitas vezes, entre a instalação ou não de uma capacidade.
- Racionalização da prescrição de medicamentos, correção de doses e de combinações inadequadas.
- Redução da ingestão de bebidas alcoólicas.
- Avaliação anual: oftalmológica, da audição e da cavidade oral.
- Avaliação rotineira da visão e dos pés.
- Avaliação com nutricionista para correção dos distúrbios da nutrição.
- Fisioterapia e exercícios físicos (inclusive em idosos frágeis) visando: melhora do equilíbrio e da marcha; fortalecimento da musculatura proximal dos membros inferiores; melhora da amplitude articular; alongamento e aumento da flexibilidade muscular; atividades específicas para pacientes em cadeiras de rodas; identificação dos pacientes que caem com freqüência, encorajando a superar o medo de nova queda através de um programa regular de exercícios. Idosos que se mantêm em atividade, minimizam as chances de cair e aumentam a densidade óssea evitando as fraturas.
- Terapia ocupacional promovendo condições seguras no domicílio (local de maior parte das quedas em idosos); identificando estresses ambientais modificáveis; orientando, informando e instrumentalizando o idoso para o seu autocuidado e também os familiares e/ou cuidadores.
- Denunciar suspeita de maus-tratos.
- Correção de fatores de riscos ambientais (por exemplo: instalação de barra de apoio no banheiro e colocação de piso antiderrapante).
- Medidas gerais de promoção de saúde: prevenção e tratamento da osteoporose: cálcio, vitamina D e agentes anti-reabsortivos; imunização contra pneumonia e gripe; orientação para evitar atividades de maior risco (descer escadas por exemplo) em idosos frágeis desacompanhados.